Tudo que o investidor inteligente deseja ao entrar no mundo dos investimentos é um mercado de baixa de 20 anos, para que ele possa comprar ativos a preços baixos em relação ao valor das empresas. -Adaptado de "O investidor inteligente - Benjamim Graham"

sábado, 31 de agosto de 2013

Fechamento de Agosto

Estou achando o mercado cada vez mais chato. Não estou acompanhando muito as cotações, e perdi o tesão e a adrenalina em ver as cotações subirem e descerem. Considero isso muito bom. Vício em homebroker nunca pode ser bom, e fica mais fácil não operar notícia assim. Mas confesso que meu dedo coçou quando vi ETER3 despencando. Um processo de R$ 1 bi  numa companhia de R$ 900 milhões é puxado. Aí parei, pensei, olhei os fundamentos, fui lá e comprei mais!
Rali de algumas X, com a troca do controle, continuação da recuperação do índice, alta nos juros e FED preocupando, nada disso me atraiu muito. Estou mais preocupado com o caixa da petro com preços dfasados, dividendos e altos investimentos, com a margem de lucro da VALE, pesando dolar e preço do minério de ferro, em que ponto entrar no BB, etc. Considero isso uma pequena evolução derivada de minha curta experiência na bolsa, mas ainda estou aguardando o primeiro Circuit Breaker!
Como muita coisa merda subiu esse mês, e eu ainda gastei um $$$ trocando posições, pela primeira vez perdi para o índice. Paciência, uma hora ia acontecer. Aliás, estou pensando se não vale a pena mudar meu benchmark para IBrX, tenho que estudar mais esse índice.
Também aportei forte, mas esse período de vacas gordas está terminando. Tenho me questionado se vale a pena trabalhar tanto para isso, e estou cansado. Por outro lado, venho tentando convencer minha esposa a investir, pelo menos em TD, e ela está acompanhando meus resultados nessa modalidade, e ao mesmo tempo organizando suas finanças. Se tudo der certo, teremos mais uma carteira do casal aqui na comunidade de finanças da blogosfera! Esse mês, ela colocou R$ 2.000,00 na minha mão, mas disse que não sabe se consegue manter o aporte. Mostrei para ela como o TD rendia mais que a poupança, mas que o ideal era manter por mais de 2 anos, pelo IR, e ela topou. Isso turbinou ainda mais os aportes, mas espero que ela entenda que TD também tem rentabilidade negativa. Por enquanto ela não reclamou!

Voltando ao que interessa, no TD sigo com pequena desvalorização, devido a subida das taxas, nada preocupante, dado que estou focando no curto prazo:


Na renda variável, o mês foi sangrento, mas contou com farta distribuição de dividendos, principalmente de BBAS3, o que me deixou um $$$ na conta da corretora, que somente vou utilizar em setembro:


É tanta ação barata que nem sei o que comprar. Esse mês comprei EZTC e ETER, e baixei meu PM nas duas. Mês que vem estou pensando se completo o milhar em ETER ou caio dentro de SBSP, que tá uma pechincha!


A rentabilidade pífia de -2,35% da carteira, frente a subida do IBOV é o de menos perto de um aporte tão bom. Acontece que, com esses extras de trabalho que fiz, mais a possível transformação da carteira numa carteira de casal, deixou meu planejamento financeiro obsoleto. Mês que vem bato a meta anual, e vou ter que reve-la. O gráfico ficou assim:


Por hoje é só, pessoal!

Um abraço do Urso!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A revisão da estratégia

Como todos sabem, comecei a investir em ações em janeiro de 2013. Por mais que eu tenha lido bastante antes de começar, me considero um sardinha. Entrei no mercado, sem saber que a primeira crise ia dar as caras logo logo. Seis meses depois, a bolsa bateu 44 mil pontos!
Não desanimei, minha diversificação e minha estratégia de só investir em empresas operacionais me protegeram de uma queda maior, porém surgiu um dilema: O que comprar? Tudo parecia barato, já que tudo tinha sido comprado mais caro do que valia. Mas qual empresa estava mais descontada em relação aos fundamentos?
Tinha 12 empresas em carteira, e duas questões surgiram:
1 - A partir do portfólio inicial, qual empresa devo comprar?
Não consegui responder. Estou estudando mais ainda, e devo montar um critério objetivo, algo como um limite de preço para comprar a ação, e quem estiver mais longe desse valor eu compro. Não vou inventar a roda, estou estudando as fórmulas de Graham, e outras simples para Valuation, e vou adaptar ao meu caso. O único requisito é que essa fórmula também me de um limite a partir do qual eu comece a vender as ações gradualmente.

2 - Por que eu tenho 12 empresas na carteira?
Com valor médio em cada ação em torno de R$3.000,00, eu não estava me sentindo realmente responsável pela merda que eu tava fazendo! Minha proteção contra a ignorância, a diversificação, se tornou também uma amarra que estava me impedindo de adquirir mais conhecimento. Estava confortável, pois tinha pouco dinheiro em cada empresa. Resolvi acabar com isso!
Da última vez que divulguei minha carteira, eu tinha BBAS3, BEMA3, CMIG4, CSMG3, ETER3, EZTC3, PETR4, PSSA3, TRPL4, VALE5, VIVT4 e WHRL4.

A escolha de quais limar foi difícil, mas valeu como aprendizado. Me livrei das elétricas. Gosto da CMIG, mas sua estrutura altamente complicada e diversificada é difícil de analisar, não vale o tempo que eu gastaria para olha-la mais a fundo. TRPL deu uma banda nos acionistas, não divulgou dividendos até agora, e tem sido ruim no RI. Mau sinal, pulei fora antes dos resultados do 2T3.

Também, um pouco a contragosto, vendi WHRL4. Gosto da empresa. Mas o cíclico está contra ela agora, e cheguei a conclusão de que meu preço médio estava alto.

No auge da crise, troquei CSMG3 por SBSP3. Já tinha gostado mais da companhia paulista, mas achava cara no começo do ano. Com a crise elas ficaram com preços equivalentes, mas a SBSP tem margens maiores. É claro que tem a questão do congelamento dos preços, mas isso não vai durar pra sempre!
E por fim, troquei VIVT4 por VIVT3. Não tem jeito, para uma empresa controlada por um grupo espanhol, acho que o TAG ALONG vai ser bem-vindo. Acho a Telefônica grande demais para ser vendida hoje, mas a Anheuser Busch também era, e a INBEV comprou!

Vendi a maioria das ações com pequeno lucro, ou pequeno prejuízo, totalizando um pequeno prejuízo. Já nas trocas, tinha um certo prejuízo, o que vai ser ruim para meu imposto de renda se elas subirem e eu resolver vender. Mas é parte do jogo, estou aprendendo!

Com isso, agora tenho BBAS3, BEMA3, ETER3, EZTC3, PETR4, PSSA3, SBSP3 VALE5, VIVT3.

Ainda preciso fazer uma escolha de gente grande, detonar VALE ou PETR, mas acho que não vou vender, vou simplesmente parar de comprar uma delas. Outro problema é BEMA3. É meu único turnaround. E eu comprei num preço alto. Mas o resultado veio, e também não sei o que fazer. Estou resistente a vende-la, parte pelos resultados, e parte pela assunção de prejuízo maior. Vou estudar melhor a empresa, por enquanto não vou mexer. Pode ser que se recupere, pode virar mico. Sei lá, essa foi a ação que comprei menos seguro, pois queria uma da área de TI, e essa pareceu barata a PL de 9. Paciência, ainda bem que tem pouco $$$ la.


Outra novidade foi a entrada dos Títulos de renda fixa na carteira. Minha previsão inicial era de investimento somente em ações. Porém, a instabilidade de bolsa, e a oportunidade que pode ser gerada por uma crise, principalmente depois que o FED iniciar a trajetória de subida dos juros, pode abrir uma janela de oportunidade em imóveis, títulos de longo prazo, FIIs, e até na IBOV. Para não deixar o dinheiro parado na poupança, comecei a comprar títulos de curto prazo. Meu único erro foi ter começado pelas NTN, que o prazo mais curto já é longo demais...
Agora já corrigi, e somente tenho comprado LTNs. Se a SELIC bater 10%, vou adicionar LFTs também, pela liquidez. Essa é uma aposta, se a crise não vier, posso utilizar o dinheiro dos títulos para comprar ações, para adquirir um imóvel próprio, ou até para meu divertimento, não sei...

Só sei que esse bearmarket não tá fácil nem para um URSO!

Abs,

        Urso.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fechamento de Julho

Post rápido este mês, pois estou sem tempo.
Julho trouxe pequena recuperação na Bovespa, mas também trouxe um grande fluxo de aporte pra mim!
Com isso, ultrapassei a barreira dos R$40 mil, e fiquei mais próximo da minha meta do ano (ver primeiros posts).
O resultado está abaixo:


Ainda estou com rentabilidade negativa, mas ainda bem acima do índice. Também fiz algumas alterações na minha carteira, que mostrarei em um post futuro. Não gosto de ficar mexendo muito na carteira, mas como quase um iniciante, preciso ter coragem de admitir meus erros e conserta-los, para não fazer burrada com um patrimônio bem maior!

Um abraço do Urso!

PS: Fiz o rascunho da atualizacao dia 25, e depois nao tive tempo de olhar. Como estou sem tempo e nao quero olhar cotacao por cotacao do dia 31, vai ficar assim mesmo... Pelo menos ta rendendo frutos a falta de tempo!

Edit: Coloquei a tabela no resultado. Mal dava pra ler do outro jeito!